Se há algo que une gerações, culturas e rotinas no Brasil é o café. Ele está na pausa da manhã, nas conversas da tarde e nas madrugadas produtivas. Mas nem todo café é igual — e o modo de preparo influencia diretamente o sabor, a intensidade e até os aromas da bebida. Conhecer os melhores métodos de preparo é abrir um leque de possibilidades sensoriais. Por isso, apresentamos os 3 melhores jeitos de fazer café e o que torna cada um deles especial. Prepare sua xícara.
1. Coador de pano ou papel: o clássico que nunca falha
Esse é, sem dúvida, o método mais tradicional e amado pelas famílias brasileiras. Seja com coador de pano (mais ecológico e durável) ou papel (mais prático e higiênico), o preparo filtrado é simples e eficiente.
Ao despejar a água quente lentamente sobre o pó, o café vai escorrendo aos poucos, extraindo sabores equilibrados e acentuando a doçura natural do grão. É uma técnica que permite controle e ritual — e talvez por isso tenha resistido ao tempo. Ideal para cafés mais suaves e com notas aromáticas delicadas.
Dica para melhorar seu café coado:
Utilize água mineral ou filtrada, evite fervê-la (ideal é entre 90 °C e 96 °C) e moa o café na hora, com moagem média. E nada de deixar o pó descansando no coador: prepare e sirva imediatamente.
2. Prensa sa (French Press): corpo intenso e sabor encorpado
A prensa sa, também conhecida como cafeteira de êmbolo, é a escolha certa para quem valoriza um café com corpo denso, óleos naturais e sabor mais forte. O método dispensa o filtro de papel e, por isso, conserva mais os compostos presentes no grão.
O preparo é simples: coloca-se o pó grosso no fundo da prensa, adiciona-se a água quente e espera-se cerca de 4 minutos antes de pressionar o êmbolo lentamente. O resultado é um café com textura sedosa, ideal para quem aprecia força, rusticidade e notas amadeiradas.
Dica de ouro:
Invista em grãos frescos e de qualidade. A moagem deve ser grossa, semelhante ao sal grosso, para evitar que o pó e pelo filtro metálico e altere a textura da bebida.
3. Café espresso: intensidade na medida certa
O café espresso é a estrela das cafeterias e símbolo de sofisticação e rapidez. Preparado sob alta pressão, ele extrai o melhor do grão em poucos segundos — com a crema dourada no topo como marca registrada.
Apesar de exigir uma máquina específica, o espresso conquistou muitos lares graças às versões compactas e íveis. O café é intenso, encorpado e, ao contrário do que muitos pensam, tem menos cafeína que os métodos filtrados, devido à menor quantidade de água usada.
Para um bom espresso caseiro:
Escolha cápsulas ou grãos de torra média a escura, mantenha o equipamento limpo e siga sempre a recomendação do fabricante quanto à pressão e temperatura.
Cada método, uma experiência sensorial diferente
A escolha do melhor jeito de fazer café depende do seu paladar e do momento do dia. Enquanto o coado é perfeito para acompanhar bolos e conversas longas, a prensa sa oferece uma experiência intensa, quase meditativa. Já o espresso entrega energia rápida, com sofisticação e potência.
O ideal é experimentar os três e entender qual estilo se encaixa melhor na sua rotina — ou até mesmo alternar os métodos de acordo com a ocasião.
Curiosidade: o café filtrado brasileiro é o mais consumido do mundo
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o método filtrado responde por mais de 90% do consumo doméstico. Porém, o número de apreciadores de métodos como prensa sa, aeropress e espresso vem crescendo, impulsionado por cafeterias especiais e o interesse crescente por cafés gourmet.
Não existe um único melhor jeito de fazer café. Cada método carrega consigo uma proposta de sabor, tempo e ritual. O segredo está em conhecer as particularidades, valorizar o preparo e, claro, escolher bons grãos. Porque no fim das contas, café é mais do que uma bebida: é um momento.
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