Sob o comando de Carlo Ancelotti, que fará sua aguardada estreia como técnico da seleção brasileira na quinta-feira, em Guayaquil, o Brasil tem a chance de carimbar seu aporte para a Copa do Mundo de 2026 com duas rodadas de antecedência nas Eliminatórias Sul-Americanas.
Além do duelo com os equatorianos, a equipe brasileira enfrentará o Paraguai na próxima terça-feira, em São Paulo, consolidando o fechamento desta Data Fifa.
Atualmente em quarto lugar nas Eliminatórias, com 21 pontos, a seleção precisa abrir uma vantagem de sete pontos em relação ao 7º colocado ao término desta rodada dupla. Esse posto é ocupado pela Venezuela, que soma 15 pontos. Se alcançar essa margem, o Brasil assegura sua vaga, mesmo que venha a tropeçar nos últimos compromissos contra Chile e Bolívia, em setembro.
Cenários possíveis para garantir a vaga
- Duas vitórias: Se vencer Equador e Paraguai, o Brasil precisa apenas que a Venezuela empate um dos seus jogos (contra Bolívia ou Uruguai). Nesse cenário, mesmo que os venezuelanos triunfem em ambas as partidas, a classificação brasileira ficará para as últimas rodadas.
- Uma vitória e um empate: Neste caso, o Brasil depende de uma derrota venezuelana em algum dos seus jogos. Além disso, a Bolívia, que soma 14 pontos e está em 8º lugar, não pode conquistar seis pontos nas duas rodadas.
- Uma derrota e um empate: Para confirmar a vaga nesta configuração, o Brasil torce para que a Venezuela não conquiste nenhuma vitória. Já a Bolívia só pode somar, no máximo, três pontos, lembrando que o confronto direto entre venezuelanos e bolivianos abre a possibilidade de um resultado que beneficie a seleção brasileira.
- Dois empates: Com dois empates, o Brasil precisaria que Venezuela e Bolívia empatem entre si e que, na sequência, os venezuelanos sejam derrotados pelo Uruguai, enquanto a Bolívia não pode superar o Chile.
Ancelotti, que tem à disposição 46 dias para trabalhar com os jogadores antes do pontapé inicial da Copa do Mundo, terá um período estratégico para ajustes e experimentações.
Ele comandou o primeiro treino na segunda-feira à tarde, no Centro de Treinamento Joaquim Grava, do Corinthians, em São Paulo. O segundo treino ocorre nesta terça-feira, fechando a preparação antes do embarque para Guayaquil.
A estreia de Ancelotti à frente da seleção promete ser marcada não apenas por ajustes táticos, mas também por uma injeção de ânimo em um grupo que busca recuperar o prestígio após resultados recentes instáveis.
O técnico italiano, reconhecido pela calma e pelo olhar clínico, terá a missão de motivar o elenco e alinhar estratégias para garantir um futebol consistente e competitivo.
Enquanto isso, fora de campo…
No universo das especulações, outro assunto quente ronda os bastidores: a possível investida do Pachuca, do México, para contar com Neymar no Mundial de Clubes.
Segundo jornais internacionais, o clube mexicano estaria de olho no craque brasileiro como reforço de peso para a competição. Embora o foco da seleção esteja totalmente voltado para as Eliminatórias, a notícia adiciona um tempero extra ao momento de decisões dentro e fora das quatro linhas.
A possibilidade de garantir a classificação antes das últimas rodadas traz alívio e confiança para a comissão técnica.
Além de evitar a pressão nos jogos contra Chile e Bolívia, a conquista antecipada permitiria que Ancelotti aproveitasse as rodadas finais para observar novos nomes, testar variações táticas e consolidar um grupo equilibrado.
A matemática é clara, o Brasil quer transformar esse duplo compromisso em seis pontos que praticamente selariam sua vaga no Mundial de 2026.
Para isso, contará com a experiência de Ancelotti, a qualidade do elenco e, claro, a vibração de uma torcida que quer voltar a ver a seleção brilhar no maior palco do futebol.
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